domingo, 6 de janeiro de 2008

Eu ignoro as palavras,
tão necessariamente desnecessárias.
Eu toco na alma de novo e
é lá que encontro a eloqüência que perdi
para me explicar o que anos
e os desencontros confundiram.
As músicas são as chaves, às vezes destrancam.
Reticentes conversas.
Profundos momentos.
E superficiais renúncias.
Mas a artificialidade corrói.
A frieza amargura.
Saudade entorpece.
E o outono vai passar.
E a alma continua ali.
É um fenômeno inenarrável,

pois não há registro,
não há testemunhas,
é inexteriorizável...
é sensação.
Ignoro o nome,

ignoro os porquês e as origens.
E eu escreveria toda superfície dos planetas de todos os sistemas,
se tempo e faculdade tivesse,
só com as benevolentes e especiais idéias que quis,
vivi e imagino por um fim.
Escreveria os Ses e os Nãos não-ditos.
Registraria os tácitos encontros de duas paixões.

Se pudesse e se fizesse útil, necessário...

raptei mesmo... Era de B pra M e eu fiz de MIM... hehehe...

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