Que não é meu...
É de uma poeta portuguesa Sophia De Mello Breyner
Dei de cara com ele e gostei muito...
Por esse motivo, cá está...
O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê
O poema alguém o dirá
Às searas
Sua passagem se confundirá
Como rumor do mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento
No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas
...Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas...
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo...
domingo, 14 de outubro de 2007
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