segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Tempo, tempo, tempo, tempo...



Não se deixe abater pela tristeza.

Todas as dores terminam.

Aguarde que o tempo, com suas mãos cheias de bálsamo, trará o alívio.

A ação do tempo é infalível, e nos guia suavemente pelo caminho certo, aliviando nossas dores, assim como a brisa leve abranda o calor do verão.

Mais depressa do que supõe, você terá a resposta, e a consolação que necessita.

Só não esqueça: Tudo depende das escolhas que fazemos...
Papai do Céu promete fazer a parte d'Ele, depois que fizermos tudo o que pudermos fazer...
Aí sim: Por tudo isso resista...

e confie nesse abençoado aliado chamado
tempo.


*****
Bonito isso né? Não fui eu quem criou... Só captei as ondas que vieram pelo éter...
tempo, tempo, tempo, tempo...
*****

domingo, 14 de outubro de 2007

Resista um pouco mais...

Há dias em que temos a sensação de que chegamos ao fim da linha.

Não conseguimos vislumbrar uma saída viável para os problemas que surgem em grande quantidade.

Com você não é diferente. Você também faz parte deste mundo cheio de provas e expiações. Desta escola chamada terra.

E já deve ter passado por um desses dias, e pensado em desistir...

No entanto vale a pena resistir...

Resista um pouco mais, mesmo que as feridas latejem e que a sua coragem esteja cochilando.

Resista mais um minuto e será fácil resistir aos demais.

Resista mais um instante, mesmo que a derrota seja um ímã... Mesmo que a desilusão caminhe em sua direção.

Resista mais um pouco mesmo que os pessimistas digam para você parar... mesmo que sua esperança esteja no fim.

Resista mais um momento mesmo que você não possa avistar, ainda, a linha de chegada... mesmo que a insegurança brinque de roda a sua volta.

Resista um pouco mais, ainda que a sua vida esteja sendo pesada na balança dos insensatos, e você se sinta indefeso como um pássaro de asas quebradas.

As dores, por mais amargas, passam...

Tudo passa...

A ilusão fascina, mas se desvanece...

A posse agrada, porém se transfere de mãos...

O poder apaixona, entretanto, transita de pessoa.

O prazer alegra, todavia é efêmero.

A glória terrestre exalta e desaparece.

O triunfador de hoje, passa, mais tarde, vencido...

Tudo, nesta vida, tem um propósito...

A dor aflige, mas também passa.

A carência aturde, porém, um dia se preenche.

A debilidade física deprime, todavia, liberta das paixões.

O silêncio que entristece, leva à meditação que felicita.

A submissão aflige, entretanto fortalece o caráter.

O fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se.

A situação muda, como mudam as estações...

O verão brinca de esconde-esconde com a brisa morna, mas cede lugar ao outono, que espalha suas tintas sobre a folhagem. O inverno chega e, sem pedir licença, congela a brisa e derruba as folhas.

Tudo parece sem vida, sem cor, sem perfume...

Será o fim? Não! Eis que surge a primavera e estende seus tapetes multicoloridos, espalhando perfume no ar e reverdecendo novamente a paisagem...

Assim, quando as provas lhe baterem à porta, não se deixe levar pelo desejo de desistir... resista um pouco mais.

Resista, porque o último instante da madrugada é sempre aquele que puxa a manhã pelo braço...

E essa manhã bonita, ensolarada, sem algemas, nascerá para você em breve, desde que você resista.

Resista, porque alguém que o ama está sentado na arquibancada do tempo, torcendo muito para que você vença e ganhe o troféu que tanto deseja: a felicidade...

***Será???
É tão confortável acreditar que tudo vai dar certo... Que tudo está bem quando termina bem... Que no final, seremos felizes para sempre... E se ainda não somos é porque ainda não terminou...

Bela "roba" isto quer dizer que quando a gente estiver 'bem feliz', vai tudo acabar!!!

chiiiiii... Hoje a filosofia perdeu de 10 a zero...***

De Gustavo Sinder...

Hoje me deu saudades
De caminhos percorridos
De histórias que não voltam mais

De carinhos cedidos e beijos dados
De sorrisos e de abraços
De conversas ao cair da tarde
De momentos nossos
E do sorriso seu

Deu-me a saudades de nossas brigas
De quando fazíamos as pazes
Saudades da chuva, frio e madrugada.
Saudades de nossas bebedeiras

Da conversa solta
Da eterna arruaça de seus sentimentos
Da eterna bagunça de meu coração

Hoje lembrei dos domingos
Das manhãs felizes ao seu lado
E de seus olhos morenos demais

Saudades de suas mãos pequeninas
De seus cabelos cheirosos
Perfumados pela noite

Saudades do falso sossego que tinha ao seu lado
Das poesias rabiscadas no desespero
Dos gemidos soltos de seu prazer

E hei de fazer de tudo, poesias.
Para que nessas horas de agonia
Eu possa me sentir sorrindo

Quantas saudades de coisas simples
Que sei, jamais voltarei a viver.
Saudade da espera que tão valia a pena
Quando te via aparecer
Sempre linda, sorrindo com seus dentes brancos
Abraçando-me e perguntando:

Demorei muito amor?

Hoje te sinto distante
O tempo passa rápido demais
Leva seu sabor... Vai me deixando velho
E com os olhos cada dia mais tristes...

Faz-me bem te ver feliz
Nos poucos encontros de nossa vida corrida
Num oi ligeiro, como sempre
E um adeus por vezes sem abraços
Sem carinho tão sem afago
Que me deixa mais longe

E hei de fazer de tudo, poesias.
Para que nessas horas de agonia
Eu possa me sentir sorrindo...

***
Esse poema achei na internet, nem me lembro mais como foi...
Só sei que ele bem podia ter sido escrito por "ele", pra mim...
Eu ia gostar de saber que "ele" ainda me ama desse jeito...
Ahhh... ia ser um baita lubrificante pro meu 'egozinho tolo'..

O poema...

Que não é meu...
É de uma poeta portuguesa Sophia De Mello Breyner
Dei de cara com ele e gostei muito...

Por esse motivo, cá está...


O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê

O poema alguém o dirá
Às searas

Sua passagem se confundirá
Como rumor do mar com o passar do vento

O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento

No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas

...Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas...

Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas

E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Complementando meus pensamentos...


Depois de um baque tão violento de ser afastado de repente de uma pessoa querida, é comum a gente ficar meio perdido, perder um pouco a confiança, a esperança ou ficar meio anestesiado - deixando pra pensar depois...

Só queria lembrar que todos nós realmente não sabemos quando seremos chamados de volta... E que a única certeza desta vida é que pra sempre, aqui nesta terra, não existe...

Quando aconteceu aquela tragédia da TAM em São Paulo, o marido de uma das aeromoças escreveu uma mensagem bem bonita que acabou sendo colocada nos jornais e até tiraram cópias e colaram em painéis nos aeroportos... Não sei se vocês ficaram sabendo...

Ele dizia, entre tantas coisas, que se pudesse imaginar que na manhã daquele dia quando ela saiu pra ir trabalhar, aquela seria a última vez que ele a veria... é certo que ele teria dito mais uma vez "Eu te amo"...

Isso me fez pensar muito, com relação à nossa perda...

Pela primeira vez perdemos um primo relativamente novo ainda e de maneira tão brusca, rápida, sem tempo pra despedidas...

Quando perdemos os filhos da Vó Adelina: Primeiro meu pai Besusuca (Leão), depois Célio e depois o Ico (meus amados tios),

todos estavam em tratamento médico, já com uma certa idade, portanto, a despedida era prevista...
Por mais que a gente quisesse que eles se recuperassem,
a gravidade dos casos de cada um dizia o contrário...

E foi tão duro nos despedirmos deles...
Tão triste não ter mais a nossa referência de homem da casa...
Ficamos órfãos e isso sei que deixou a todos, muito frágeis...

E foi difícil continuar...
Tivemos que deixá-los ir - ir mesmo...
pra poder recomeçar a partir dali...

Como podemos ver não existem mais os parâmetros
que achávamos que existiam...
Não são os mais velhos que vão primeiro, nem os doentes...
O chamado é aleatório...

Então devemos nos preparar pra vida, mas também pra partir na hora que tiver que ser...

Na hora que o "Papai do Céu" achar que deve...

Não devemos deixar de ser felizes, nem muito menos de fazer as coisas certas

"já que tudo vai acabar mesmo"...

Devemos sim, viver da melhor maneira possível, fazendo coisas boas

para que lembrem de nós com saudade...
Sendo caridosos, ajudando ao próximo, mesmo que desconhecido...

Viver mais ou menos a lei da "Corrente do Bem"...

Não deixar de dizer "Eu te amo" por pensar:

"ele (a) já sabe que eu amo"...

Não perder a oportunidade de ser útil...

porque faz mais bem pra nós do que pra quem
a gente estendeu a mão...

Fazer o nosso melhor... ser melhor a cada dia...

Não quero que pensem que estou dando uma de "A dona da verdade"

ou " A crente que tá abafando"
ou pior ainda: "A que pensa que sabe tudo"...

Todas estas coisas tenho aprendido à duras penas
e por esse motivo
quis dividir com vocês essa "sabedoria de livros de auto-ajuda",
mas que quando colocadas em prática
MUDA A VIDA DA GENTE!!!

E é isso que a gente tem que fazer: mudar pra melhor, todos os dias!!!

Porque o que a gente tem mesmo é só o momento presente...

que já passou...
Então não podemos perder mais tempo algum...

E amo todos vocês... De verdade!!! Amo até os filhos de vocês

que nem sequer conheço, só por saber que são seus filhos...

Não há distância quando existe amor...

As famílias poderão ser eternas,
e isso começa aqui, nesta vida...

Porque isso é verdade... Do fundo do meu coração...

Se nunca mais a gente se ver, quero que vocês se lembrem de mim
como "aquela prima (aquela sobrinha: pra Tia Ires e Tia Edinei)
que dizia o tempo todo que amava a gente"...

Porque isso é verdade... Do fundo do meu coração...

Um baita abraçejo pra cada um...

Addendum

Nada que se diga vai preencher as lacunas,
vai diminuir o vazio da ausência de quem a gente ama...
Mas Deus é um pai amoroso e há de dar força

pra quem ficou pra trás...
até o dia do encontro final e eterno...

Há que se ter coragem...

Acima de tudo pra continuar vivendo...

outros precisam de nós...

A vida continua nesta terra...

e precisamos seguir...

Isso não invalida o amor,
nem muito menos significa que não importa
ou que não faz diferença...


Claro que faz diferença,
mas precisamos seguir...

Talvez depois de tudo isso...
tendo aprendido alguma coisa,
poderemos seguir melhores...

É pra isso que serve aprender=> colocar em prática!!!
pra se aprimorar...
pra valer um pouco mais estar vivo...

Se não for assim, não tem razão de ser...
Aí sim, não faz o menor sentido...



domingo, 7 de outubro de 2007

Queria muito conseguir dizer...


Não tava conseguindo...

Queria dizer do susto e da tristeza de saber da partida dele...

Queria dizer pra minha tia o quanto eu amava e ainda amo a ele...

Desde pequininho...

Era uma criança linda... Era todo sorriso...

Querido!!! Meigo... Uma gracinha...

Meio tímido depois de já grandinho, mas ainda um sorriso só...

Um bom filho, tenho certeza, assim como também foi
bom marido e bom pai...

E tanta coisa ainda por fazer... e já se foi...

Eu sei que as famílias poderão ser eternas e
que um dia todos vamos nos encontrar, mas...

E enquanto isso... O que a gente faz???

Sente falta??? Chora??? Se desilude???

NÃO!!!

É preciso ter esperança nesta vida que uma
outra vida existe...

Que tudo tem uma explicação lógica, mesmo
que a gente não saiba - não entenda...

Papai do Céu sabe o que é melhor pra Seus filhos...

E o melhor pro Jé foi voltar à presença Dele...

Ele não precisava mais permanecer aqui...

Aos olhos do Pai ele já tinha cumprido seu caminho nesta terra...

Mesmo a gente não entendo chongas: "Deus sabe o que faz"...

Não cabe a nós reclamar, blasfemar, desconjurar...
sei lá o que mais...

É preciso ter coragem, porque aos olhos do mundo ele está ausente,
mas no coração de todos os que o amam
ele continua aqui...

Nas datas importantes, nos momentos de alegria e
confraternização a gente poderá pensar: só falta ele aqui...

Mas é só o físico que falta... Porque a essência dele estará lá...

A lembrança do seu sorriso, do seu jeito de falar...
de andar... um tique ou outro...
de passar a mão pelos cabelos, talvez...

Sua alegria... Sua preocupação...

Aos filhos resta muita coisa pra fazer como se ele
estivesse vendo... Acompanhando... sabendo de tudo
o que fazem ou deixam de fazer...
- não esquecendo de seu amor e de seu exemplo...

À Lú... que sentirá falta do homem - companheiro
de uma vida - restará a lembrança boa dos
felizes momentos...

Aos irmãos... a recordação do exemplo e do
cuidado com todos...

À mãe - querida Tia, o primeiro filho agora
vai encontrar seu pai - seu grande amor...
Restarão tantas lembranças do respeito, do amor e
da alegria...

Aos outros... Amigos, parentes que gostavam dele também
restará a certeza de que ele era um "homem bom",
um cara batuta, gente fina...

E todos, com certeza, sentirão saudades...

Queria muito dizer tudo isso, mas não tava conseguindo...

Não conseguia pensar direito...

Somente hoje, depois de treze dias passados é
que me armei de coragem e resolvi escrever...

Queria tanto tê-lo visto, mais uma vez ainda nesta vida...

Queria ter ido pra Canoinhas este ano, mas aconteceram
tantas coisas que me impediram de fazer isso...

Agora só resta pensar naquilo que eu já disse: as famílias poderão ser eternas...

A gente ainda vai se encontrar...

Por enquanto fica a saudade e a lembrança querida de seu sorriso...

Primo Jefferson... In memorian...


Sodadis, simmm...

Hoje senti uma saudade de mim...

Quer dizer: de quando eu era pequena...

Era tão paparicada... Tão amada...

Não era só eu, não... Minha e irmã e irmão também...

A gente nunca foi "rico", mas sempre tivemos muito mais que muita gente e nunca nos falto o mais importante: amor...

Tudo à seu modo... Minha mãe amava do jeito dela... Sempre ocupada, com cadernos pra corrigir (professor antigamente levava cadernos dos alunos pra corrigir em casa)... A gente via a mamãe na hora da refeição porque papai era eigente nisso...

"- Ao menos na hora do jantar a gente podia finir que era uma famílaia e que essas crianças tinham mãe... "

Foi horrivel quando ouvi ele falar isso pra minha mãe. Ela não tinha saída... Precisava trabalhar porque só meu pai trabalhando não dava - porque ela precisava ajudar os pais dela...

Vida sacrificada, tadinha... Mas eu sentia falta da minha mãe de vez em quando... Só que disfarçava... Fingia que era natural ela estar sempre trabalhando, só pro meu pai não ficar mais chateado e pros meus irmãos não sentiram que ela estava devendo alguma coisa pra eles...

Pra compensar, nas horas mais terríveis e complicadas da minha adolescência: ela estava lá... Me ajudou no que ela sabia e podia pra não deixar eu me sentir perdida...

Em alguns casos funcionou... em outros, não...

Meu pai já era mais presente... Ele podia, tinha mais tempo... Me ensinou a soltar pipa no mesmo dia que ao meu irmão...

Anos mais tarde me ensinou a "pilotar" aeromodelo (aviãozinho como a gente dizia...) e eu curti muito...

Ah... ele me ensinou a curtir orquídeas... A limpar com cuidado as folhas... os brotos... a afofar o xaxim pra água entrar mais fácil...

Me ensinou a fazer bife a milanesa... E muito mais coisas "de papar"... fazia um feijoada de "responsa" e a paella dele era maravilhosa...

A gente era chique... hahahaha...

Que sodadis... Ihhh, deu vontadinha de chorar!

Nooossa! Que banzo me deu!!!

Hora de parar...

Dias sem sol...

Não tem sido muito freqüente, mas de vez em quando...
acontece um não sei que...
Não sinto vontade de nada, nem coragem pra tentar mudar...
Não quero coisa alguma e ao mesmo tempo queria querer...

Que coisa estranha a cabeça da gente...
tenho vontade de nada!!!
Nunca pensei que um dia sentiria isso:

Vontade de nada!!!

Falta de Deus diria minha mãe...

Minha avó complementaria: falta do que fazer...

"Um pano pra tirar pó ou uma vassoura...
quem sabe até uma toalhinha pra bordar
ou fazer crochê e já dava um jeito
nessa vadiagem..."

Ela era fogo!!!

Não dava folga, não...

Sinto falta dela e de tantas pessoas que
foram pro andar de cima muito antes
do que era pra ser...

Esse cheio de nada - vazio ao contrário que me dá
é mais ou menos isso: vontade de rever, reouvir...

Aí eu olhos as fotos antigas...
e viajo pra trás...

lembro de tanta coisa...
até do que não precisava...

É difícil existir...