sábado, 7 de julho de 2007

Editando Ritinha: A poema!!!

Manhã de frio

Não sei se foi a garoa fria, mas hoje, na minha janela, o mundo acordou duro e hostil.
O que fazer naquele instante quando ele não parece mais um lugar quentinho?
Quando tudo é frio e sem paredes?
Ora, talvez abrir os braços o suficiente para que, na circunferência deles, descanse alguém mais sozinho do que eu.
Talvez, sentindo ainda mais frio!
Oh, mas sei, isso não é fácil, isso não é nada fácil.
Ao sentirmos frio, cruzamos os braços, nos encolhendo ainda mais.
Quando inseguros, trancamos as portas ao invés de estender as conchinhas da mão: toma, aqui estão os meus medos secretos, as minhas tolices infundadas, tudo isso que não tenho coragem de admitir sequer a mim mesma.
Cuida bem deles, desenha aqui dentro um coração assim: mesmo quando eu não souber ser melhor, mesmo quando você disser qualquer bobagem, assim a gente pega as nossas falhas para colar numa pipa, que vai subir e escapar até onde o mundo é quentinho, até onde as crianças saem em disparada e escalam os muros que nós erguemos entre nós dois para recuperá-la e fazê-la novamente voar.

Eu amo mesmo essa menina como se filha minha fosse - filha da minha poesia... filha da minha fantasia de ser mãe... Fantasia essa que passou como passam todas as coisas, boas ou ruins...

Ela me ensina coisas lindas a cada verso que eu leio...

Todos os dias preciso reler seus pensamentos: encantados como seu jeito de ser...

Suaves e fortes ao mesmo tempo...
Intensos como as águas dos mares mais profundos...
Livres, leves e soltos como uma pluma no ar... voando ao sabor dos ventos, ou como numa brisa de primavera...

Meu solzinho particular...
Luz forte iluminando e alegrando um cantinho escuro e tristinho da minha vidinha...
Dólu ela...


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